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Brian May - Fotos de Cleber Junior |
Adam Lambert
passou por uma prova de fogo na noite de abertura do Rock in Rio. Queen sem Freddie
Mercury seria o mesmo que Rolling Stones e Led Zeppelin com outro vocalista. Em
2008 o ex-vocalista do Free e do Bad Company Paul Rodgers se saiu bem numa
passagem por aqui com o Queen, um músico experiente com rock nas
veias. Adam Lambert já foi vocalista de bandas de rock, mas, depois de revelado
pelo programa de calouros American Idol, em 2009, optou por um formato pop arghhh, ao estilo do mainstream americano. Foi escolhido por Brian May e Roger
Taylor para uma nova encarnação do Queen e correu mundo antes de aportar aqui
para o 30º aniversário do Rock In Rio como a mais emblemática banda da primeira
edição.
Adam se revelou um grande intérprete em termos de potência vocal, com um
alcance quase semelhante ao de Freddie. Seu visual provocou comentários no meu Facebook de que
parecia com Prince, com George Michael, Liberace, Ricky Martin, Elvis Presley
gay e até Luan Santana.
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Roger Taylor, entre Adam e Brian |
Gay declarado e assumido, ele se mostrou mais
afetado do que o original. Fez
poses num sofá roxo em Killer Queen e trocou de roupa cinco vezes, a última no
encerramento, com We Are The Champions. O público deixou de lado
comparações críticas e caiu na farra com um repertório de sucessos e o ponto
alto e emocionante de Love of My Life cantado por Brian May e Freddie, no telão,
mais 100 mil vozes. Ao final Brian agradeceu emocionado. Antes ele repetiu duas vezes uma saudação
aos brasileiros em inglês e português cheio de sotaque: “É maravinhoso (sic)
estar aqui de novo no Brasil depois de 30 anos, obrigado por esta calorosa
recepção. Tudo bem? Estou muito emocionado, querem cantar comigo, vamos cantar”,
disse. Antes, tirou fotos com um pau de selfie, artefato que o público foi
proibido de levar para a Cidade do Rock.
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Adam Lambert |
Pelo jeito,
Adam só não agradou à facção hardcore do rock, em que me incluo. Uma
apresentação tecnicamente quase perfeita em termos de presença de palco e dotes
vocais. Brian May foi a estrela da noite para mim, um
dos grandes do rock com uma assinatura musical impecável, um timbre
reconhecível e grande virtuosismo. Foi um tanto over na hora de seu solo,
mas isso é só um detalhe diante da grandiosidade de seu trabalho. Roger Taylor
mandou muito bem, abandonou a bateria apenas uma vez para cantar It’s a Kind of
Magic e fez um duelo de bateria com o filho Rufus Tiger Taylor, que tocou percussão
e fez vocais no restante do show. Complementaram a formação os músicos de apoio
Spike Edney (teclados, vocais) e Neil Fairclough (baixo e vocais).
Brian May usa uma muralha de uns nove amplificadores Vox AC 30, o modelo que os
Beatles usavam no começo da carreira e favorito de muitos guitarristas, incluindo
ele, Herbert Vianna e The Edge (U2). No
caso, de uma série limitada que levou sua assinatura. Adam usou retorno in ear,
mas Roger e Brian preferiram o retorno tradicional, havia muitos monitores
espalhados pelo palco.
O repertório
teve uma música solo de Adam infiltrada, Ghost Town, e os grandes sucessos da
banda. O hino Bohemian Rhapsody teve Adam, a parte central num clipe no telão e
Freddie também no telão, no começo e no verso final: “Anyway the wind blows.”
Em Who Wants to Live Forever, como em alguns outros números, incluindo Save
Me e I Want It All, Adam não esteve à altura do titular. Ao contrário de Paul
Rodgers, que cantou à sua maneira, Adam de certa forma imitou as interpretações
de Freddie com seu comparável alcance vocal, mas faltou alma, foi apenas
técnica. Enfim, The Show Must Go On. A noite terminou com um espetacular show
de fogos.
As bandas
que precederam o Queen eram bem fracas e com semelhanças ao Coldplay. The Script e One Republic agradaram ao público
com alguns sucessos e os truques
habituais de elogios à plateia que lotou a Cidade do Rock.
Setlist
0:33
One Vision
Stone Cold
Crazy
Another One
Bites the Dust
Fat Bottomed
Girls
In the Lap
of the Gods
Seven Seas
of Rhye
Killer Queen
Don’t Stop
Me Now
I Wanna
Break Free
Somebody to
Love
Love of My
Life
it’s a Kind
of Magic
Drum battle
Under
Pressure
Save Me
Ghost Town
Who Wants to
Live Forever
Guitar solo
The Show
Must Go On
I Want It
All
Radio Gaga
Crazy Little
Thing Called Love
Bohemian
Rhapsody
Bis
We Will Rock
You
We Are The
Champions
Fogos 2:39
Alguns comentários do meu Facebook.
Maria Valéria Bethonico É mesmo, Jamari e Rodrigo Santos! Rs...
Senti falta do vigor da banda com o Freddie Mercury, era voz masculina forte, e de Rock!! A voz desse carinha aí é bem pro lírico, operística, achei fraco. Parece The Voice mesmo... Rsrs
Senti falta do vigor da banda com o Freddie Mercury, era voz masculina forte, e de Rock!! A voz desse carinha aí é bem pro lírico, operística, achei fraco. Parece The Voice mesmo... Rsrs
Rodrigo Santos Tb to achando uma merda. Isso não é o queen...
Rodrigo Raimundos Luan Santana com a Beyoncé
Alfredo Villela de Andrade Eu
não acho uma merda, não. Pasteurizado, sim. Brian May e Roger Taylor
têm estrada. Continuam os mesmos. Bons pra caralho. Não basta ser bom.
Estão faltando milhares de milhas pro Adam. Um dia ele chega lá.
Bjm Manfra Nossa, esse cara de lente azul nesse sofá roxo é a visão do demo...kkkkk
Bruno Gouveia Disse tudo! Quem nasceu pra príncipe não chega à majestade. Com os devidos trocadilhos, Adam é um "Prince" aos pés do "Queen".
Mas o pouco que vi funcionou ... Como tributo.
Mas o pouco que vi funcionou ... Como tributo.
Rodrigo Raimundos Bem, eles foram claros em relação ao Freddy Mercury, não estão substituindo...
André Luiz Bona O show passou da metade e ainda tenho a sensação de estar assistindo um Karaokê.
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Um detalhe interessante Jama: O amplificador vox signature do Brian May tem apenas 1 botão de volume e só! Nada de botão de grave, médios e agudos. Sensacional. Como se dissesse - Olha, já timbrei o amp! O melhor som dele é assim, não mexe em nada nada, não estrague meu amp. Eu sei o que é melhor pra vc... rsrs. Logicamente não é um "campeão de vendas".
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Gostei. Muito interessante!!!!
ResponderExcluirGravei o show do Queen e hoje estou assistindo com o amplificador e nas caixas acústicas, e realmente foi um showzaço, apesar dos exageros de boiolice do vocalista, foi muito bom!!
ResponderExcluirOuvindo nas caixas acústicas é outro papo!!
A banda tocou muito, e o vocalista se saiu muito bem, tem uma excelente voz, e presença de palco, mas claro que o Freddie Mercury é insubstituível, mas ele fez o papel dele!!
Stone Cold Crazy ficou muito porrada!!
Não adianta ver o show do QUEEN procurando semelhanças entre Adam e Freddie, pois são estilos e principalmente gerações diferentes. Não é caso de uma substituição pois Freddie Mercury já não está entre nós, mas Adam tem muitas qualidades e deu para ver claramente isso ontem. Como já comentei em sua página do FACEBOOK que tecnicamente falando o Adam tem uma extensão vocal maior, mas tem uma coisa chamada carisma que que faz toda a diferença. Parece que Deus dá uma pitada de tempero a mais no individuo que faz com que ele brilhe mais que os outros mortais seja no que ele faça. E Freddie era uma dessas pessoas. Depois do show de ontem já estou achando que Freddie Mercury era muito machão no palco.rs
ResponderExcluirSinceramente, eu já estou irritada com a mania das pessoas quererem comparar um artista com outro. Lambert não quer imitar ninguém. O cara está começando.
ResponderExcluirQuando Paul Rodgers aceitou o convite para apresentar-se com o Queen (Queen + Paul Rodgers) ocorreu o mesmo questionamento. No meet & greet do Queen + Paul Rodgers no Rio de Janeiro, estavam os integrantes do Paralamas do Sucesso (que gosto muito) e o Barone pedindo autografo ao Rodgers. Achei o máximo porque todos somos fãs de alguém. Antes de fazer a parceria com Queen, Rodgers já tinha um bagagem no cenário musical, muito bem sucedida, como vocalista do Bad Company e Free.
Não gostar das músicas do Queen, questão de gosto e respeito quem não gosta, mas dizer que o show foi uma m**** , não entende nada de música.
Brian e Roger ainda tem animo para se apresentarem num palco. No começo, como fã do Queen, não entendi a proposta do guitarrista e baterista. Confesso que torci o nariz para um possível volta do Queen, mas ao ver os shows com as parcerias, acho muito bom que os sessentoes Brian e Roger continuam mostrando o quão são bons nos instrumentos que escolheram.
Os solos de Brian são excelentes, elogiados por renomados guitarristas que afirmaram que os arranjos de Brian são caprichados, com sonoridade sem igual, sem contar que ele construiu a própria guitarra, a Red Special. Brian é único!
Admiro muitos guitarristas e cada um tem seu estilo, feeling etc. Eles são diferentes e incomparáveis.
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