Esta é
imperdível. Neste domingo, seis de setembro, às 19h30 estreia no Canal Bis, a
terceira temporada da séria Minha Loja de Discos, desta vez com exemplos da Islândia, Alemanha, França,
Israel, Suécia, Líbano, Espanha, Portugal, Argentina e Brasil em 13 episódios. Aqui, onde lojas de discos são cada vez mais
raras, a diretora Elisa Kriezis e o diretor Rodrigo Pinto visitaram duas lojas. A
pequena Tropicália, reduto de colecionadores na Rua do Rosário, no centro do
Rio, e a histórica Baratos Afins, do grande Luiz Calanca, que expandiu há pouco
seus domínios, na contramão da tendência de mercado de relegar estabelecimentos
como o seu à História da música no Brasil e no mundo.
Mais do que
tudo, a série, na linha do veja-antes-que-acabe, preserva para o futuro a
história destes templos musicais em que os amantes da música de gerações
anteriores à internet e ao MP3 passavam horas deleitando-se com as capas e até
a audição de preciosidades. Lembro que havia lojas no Rio onde era possível
ouvir o disco antes de comprar.
“O programa
tem essa característica, de mostrarmos as grandes lojas que são ícones e também outras que têm características específicas,
propriedades mais únicas” conta a diretora greco-alemã Elisa Kriezis. Em
Reiquejavique, Islândia, a série documenta a loja Smekkleysa, fundada pelos
integrantes do Sugarcubes, banda que revelou Bjork. A cantora islandesa é dona
da loja e do selo de mesmo nome. Smekkleysa, em islandês, significa mau gosto.
Eles desafiaram a ideia de bom gosto e lançaram alguns artistas importantes
como o Sigur Rós, entrevistado no programa. O baixista Georg Hólm (foto abaixo), do Sigur
Rós, diz que o Sigur Rós existe graças a Smekkleysa.
Em Berlim, o foco é a música eletrônica e seu cenário, como a loja Hard Wax, que reúne alguns dos maiores DJs alemães, como Modeselektor, Marcel Dettmann, Steffi, Mark Ernestus e Ben Klock. E ainda a Dubplate & Mastering, principal “cortadora” de discos de vinil da cena eletrônica da Europa.
Na Suécia
foi a vez da mitológica Pet Sounds, onde a banda Amazon falou das
características do swedish pop – o pop sueco. “A gente sempre se guia pela nova
produção independente, intimamente ligada às lojas de discos. Na Suécia,
mostramos artistas que fizeram sucesso há décadas, mas também novos expoentes,”
explica Rodrigo.
A série
também se preocupa em mostrar a cena musical das regiões visitadas. Participam
do programa bandas como Linda Martini, Legendary Tigerman, Bfachada, Gala Drop
e o duo Dead Combo, os três últimos em performances exclusivas para o programa.
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