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Les Tambours, do Congo. Fotos de Cleber Junior |
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Escola Carioca de Danças Negras |
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Evandro Mesquita, Roberta Medina e Roberto Medina |
(Acima um casal de modelos vestido ao estilo africano) Ainda escreverei muitas linhas sobre o festival. Abaixo as atrações da Rock Street Africa em texto do release da agência Approach, responsável pela divulgação e assessoria de imprensa. Para quem gosta de música étnica um presentão, para quem não gosta, uma oportunidade de conhecer a riqueza de algumas das culturas do grande continente vizinho.
Les Tambours de Brazza
A mais espetacular banda de percussionistas da África Central, o coletivo Les Tambours de Brazza é um ícone da chamada world music. Mesclando a tradição e modernidade dos vários ritmos do Congo em vertiginosas apresentações baseadas no som do Ngoma, tambores de acentos rítmicos variados que dialogam com instrumentos ocidentais como baixo e guitarra o grupo contagia e encanta. Criado em 1991, o Les Tambours, como são mundialmente conhecidos, já se apresentaram nos mais prestigiados festivais de todo o planeta mostrando a graça e pulsação de sua música e dança. São mágicos do ritmo e do corpo e trazem um pouco de sua ancestralidade em suas composições que vão do rap ao reggae.
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Les Tambours |
Com muita energia no palco Ba Cissoko é um dos mais conceituados músicos de origem griot. Ele reinventa em suas composições a tradição Mandingue mostrando como multi-instrumentista o seu afro-beat pontuado por instrumentos como a Kora, o D´Gouni, guitarra, baixo e tomani - tambor falante usado em toda a África do oeste em países como Senegal, Gâmbia e Nigéria.
Seu último trabalho gravado, Nimissa de 2012 foi recebido com grande sucesso de público e crítica e atualmente Cissoko é um nome referência nos line-ups de muitos festivais descolados da Europa. Criado em 1999, o grupo de Ba Cissoko é uma das atrações mais esperadas da Street África.
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Escola Carioca de Danças Negras |
O Mali, país de riqueza musical intensa, não poderia estar de fora dessa celebração africana no Rock in Rio. A cantora e compositora Mamani Keïta que onde quer que se apresente sua calorosa música leva a verdade musical de sua origem foi a escolhida. Artista engajada na divulgação da música africana em todo o mundo Mamani Keïta vem pela primeira vez ao Brasil com seu grupo que eletrifica suas canções com o suingue e a doçura das mulheres malineses. A sintonia dela com seu grupo é única e admirável tendo colhido os mais belos elogios e é executada nas rádios destacadas em todo o mundo.
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Blitz: Juba, Andrea Coutinho, Evandro Mesquita, Nicole Cyne e William Forghieri |
Os primos Alfred e Bernard são nascidos e criados em uma grande família musical do Burundi, pequeno país central da África onde nasce o rio Nilo e ritmos bastante singulares. Seu instrumento original é o Umuduri, ancestral e bastante parecido com o berimbau usado no Brasil. Desde seu primeiro álbum de 2010 o Alfred et Bernard vem se utilizando da mixagem de instrumentos tradicionais e modernos em suas apresentações que lhe valeram o principal prêmio da música africana em 2011, o L’East African Music Awards na categoria Folk/Musique Traditionenelle em Nairobi. Seu último trabalho de 2015, La vois des collines figura hoje como um dos mais representativos da música de sua região em todo o mundo.
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Les Tambours |
Uma das mais belas vozes da África, Fredy Massamba é de Pointe-Noire (Congo) e já rodou o mundo com suas canções que sob a base rítmica africana junta elementos que vão do soul ao funk em performances que costumam deixar o público maravilhado. Sua inacreditável voz, potente e gutural, dá toda a beleza às línguas originais de seu canto, o Kingongo e Lingala e lhe renderam convites para gravações com músicos como Mos Def and the Roots entre tantos. Também pela primeira vez no Brasil, Fredy Massamba é o próprio canto africano original e se apresentou nos mais prestigiados festivais de todo o mundo com uma formação que reúne guitarra, baixo, teclados e uma incrível percussão corporal.
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Les Tambours |
O Tyous Gnaoua é um grupo que se formou nos anos 90, liderado pelo Maâlem (mestre do ritmo) Abdeslam Allikane na cidade de Essaouira, antiga Mogador no Marrocos. Essaouira e a música Gnaoua sempre fascinaram os músicos do planeta inteiro. Jimi Hendrix esteve lá duas vezes, e em 1999, o Maâlem Allikane fundou o festival Gnaoua de Essaouira que atrai músicos de todo o mundo como Sting e Pat Metheny entre tantos. No Brasil, o grupo vai apresentar sua música fascinante sempre pontuada pelo contrabaixo "Guemberi", um dos instrumentos mais antigos da civilização. Já seu canto é um amálgama das línguas árabes e do Bambara, típica dos povos nômades do deserto.
Faltaram Bons Artistas Brasileiros e Negros nesse Cocktail ,mas vale a intenção de prestigiar a África, o verdadeiro berço do Rock & Roll
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